Nas falhas quentes das feridas abertas
Percorre a minha língua laminosa
O homem passeia o seu animal
Com o olhar invisível saboreando o chão
A senhora das rugas sente uma pedra na sua cabeça
Uma faca a retirar o coração
As janelas qua se impõem na sombra
Falam do nada qua veem
O chão ergue-se e cai
Um homem passeia o jornal
As palavras morrem esmagadas umas contra as outras
O vento lânguido sufoca roupas expostas
Toma um gole de ar e adormece
O céu queima a alma sobre nós cai na manhã
Esta é a f'é de todos os homens diante do tempo
Este é o céu que cai sobre nós
O céu queima a alma sobre nós cai na manhã
O céu queima a alma sobre nós cai na manhã
Conta uma história por mim
Respirar
Afaga o teu rosto na palma da mão
Conta um sonho por mim
Devagar
Afoga o teu rosto na palma da mão