Eu queria ser o mar de altivo porte
Que ri e canta, a vestidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz intensa
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a ávore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza…
As ávores também, como quem reza
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras… essas…pisa-as toda gente…